Um obstetra brasileiro foi condenado a 14 anos após realizar um parto domiciliar, e a decisão gerou controvérsia.
O Obstetra Ricardo Herbert Jones, pioneiro do parto humanizado
no Brasil, foi condenado a 14 anos de prisão por um júri, ao lado de
sua esposa, a enfermeira Neusa Jones, que recebeu uma pena de 11 anos.
A acusação alega que o médico assumiu o risco da morte de um bebê ao
realizar um parto domiciliar sem a presença de um pediatra e ao
atrasar a transferência para o hospital. No entanto, a defesa
argumenta que o bebê nasceu saudável e apresentou complicações horas
depois, sendo levado ao hospital, onde morreu de pneumonia congênita e sepse.
A condenação causou grande preocupação entre os profissionais de
saúde, que temem que os médicos sejam criminalizados por resultados
inevitáveis. Especialistas apontam que não há evidências de
negligência e que a decisão do júri desconsiderou laudos periciais e
erros no atendimento hospitalar. Além disso, a defesa foi prejudicada,
pois o Ministério Público impediu que fossem ouvidos especialistas que
poderiam ter esclarecido a falta de responsabilidade do casal.
A prisão de Ricardo foi baseada em uma recente norma judicial
que determina a execução imediata da pena em casos de júri, mesmo que
haja possibilidade de recurso. Os advogados do casal buscam anular o
julgamento, alegando irregularidades e preconceito contra o parto humanizado.
A comunidade médica e ativistas pelo parto respeitoso se
mobilizaram em apoio ao casal, enfatizando que a criminalização de
profissionais que atuam com base em boas práticas representa um
retrocesso e pode comprometer o direito das mulheres de escolher o
local e as condições do parto.
Se você acredita na justiça e no direito ao parto respeitoso,
ajude a defender Ricardo e Neusa. Esta arrecadação de fundos foi
promovida pela REHUNA, uma organização sem fins lucrativos dedicada à
proteção do parto para melhores resultados, e 100% dos lucros irão
diretamente para a causa.
Para contribuições via PIX ou Paypal,
use a mesma chave: lucasfalacomigo@gmail.com
